Tipos de vinhos e harmonização é um conhecimento primordial para os que querem desenvolver ou refinar o hábito de degustar essa iguaria.
Primeiramente, é necessário dizer que o vinho é uma das bebidas mais antigas da humanidade e seu processo de fermentação e refinamento foi aprimorado ao longo dos séculos.
De forma geral, podemos chamar de vinho as bebidas alcoólicas resultantes da fermentação de uvas.
Para os amantes dessa bebida, há muitos detalhes e classificações para conhecer e estudar.
Por isso, quando vamos ao supermercado, encontramos diversos tipos de vinhos e uma variedade enorme de rótulos saltam aos nossos olhos. Para o consumidor comum, que não é especialista, resta um mar de dúvidas e incertezas.
Nesse sentido, para ajudar você, consumidor eventual de vinho, preparei esse artigo com algumas informações básicas e bem importantes.
Primeiras Observações
Primeiramente, devemos observar que há dois tipos de vinhos, o fabricado com uma única espécie de uva (não precisa ser 100%, pequenas misturas são permitidas e variam de região para região), ou com aquele feito com uma misturas de uvas.
Em suma, quando é utilizado apenas uma espécie de uva, o vinho se chama varietal e quando há mais de um tipo, chama-se blend (que significa mistura em Inglês).
Observe abaixo como essa classificação aparece nas garrafas. No primeiro exemplo, a uva utilizada na fabricação é a espécie PINOT NOIR e no segundo exemplo é a espécie CABERNET SAUVIGNON.
Agora os exemplos de blend. No primeiro rótulo, a mistura é das uvas NICASIA e VINEYARDS e no segundo, é possível visualizar a descrição RED BLAND, mas não as espécies de uva.
Atente-se que muitas vezes pode aparecer no rótulo apenas o nome da uva em maior proporção, mas agora você já sabe, se tem a descrição BLEND, tem mistura.
Outra classificação importante e que pode confundir os consumidores é quanto ao teor de doçura.
Para que haja fermentação, além da frutose da uva, açúcar é adicionado ao mosto. Quanto menor o tempo de decomposição, maior será o teor de açúcar residual.
Assim, temos os seguintes tipos de vinhos:
⇒ Tipo Extra-seco
⇒ Seco
⇒Tipo Meio Seco
⇒ Doce
⇒Tipo Extra doce
Lembrando que quanto mais doce for o vinho, maior será a sua quantidade de calorias.
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Tipo de Vinho de Mesa
Uma questão curiosa é sobre o famoso “vinho de mesa¨.
Frequentemente, as pessoas costumam nomear como “vinho de mesa”, aqueles exemplares mais baratinhos do supermercado, fabricados com as “uvas de mesa”, como as espécies Rubi, Thompson, Isabel, Niágara, dando uma ideia de que essa nomenclatura refere-se a qualidade do vinho.
Contudo, tecnicamente, isto é incorreto.
Isso, porque no Brasil, o conceito do que é vinho de mesa, está na legislação.
Ao passo que a Lei n° 10.970/04, no seu artigo 9°, define como um “vinho de mesa” aquele com teor alcoólico de 8,6% a 14% em volume, podendo conter até uma atmosfera de pressão a 20ºC.
Nem mais, nem menos, além de não especificar qual espécie de uva deve ser usada.
Assim, quase a totalidade de vinhos consumidos por aqui, se classificam como de mesa.
Desse modo, para separar os vinhos feitos com “uvas de mesa” (geralmente os mais baratos, com aquele cheirinho de suco de uva) dos vinhos feitos com uvas vitis viníferas (espécies mais apropriadas para produção de vinhos de qualidade) os produtores criaram a classificação de “FINO”, nos rótulos.
Vinho Verde
Outra classificação que gera dúvida nos consumidores é a de “vinho verde”.
Afinal, o que isso significa?
Bom, apesar de o nome dar ideia de que o vinho possa ter a cor verde, ou ser feito com uvas verdes, não é isso.
Na verdade, a classificação está ligada à região de produção do vinho.
Por isso, só podem ser classificados como VINHO VERDE, os produzidos numa região específica no noroeste de Portugal, conhecida como Entre-Douro-e-Minho.
De maneira idêntica ao que acontece ao champagne e ao vinho do Porto.
Características especiais da região geográfica de produção do vinho verde, faz com que ele tenha uma alta acidez e frescor marcante.
Seu sabor lembra um espumante, mas sem a gaseificação. Por ser ácido, fica melhor quando servido com temperaturas mais baixas.
Os vinhos ácidos combinam, em geral, com frutos do mar e peixes de água salgada, saladas refrescantes e pratos como sushi e sashimi.
Tipos de Vinho: Reserva ou Reservado
Até aqui já deu para perceber que o mundo dos vinhos é complexo, né?
Por isso existem tantos estudiosos apaixonados quando o assunto é essa bebida.
Agora vamos esclarecer mais um fator de confusão na hora de escolher o que comprar. Afinal, qual é a diferença entre um vinho reserva e um reservado?
A nomenclatura “Reserva” é para exemplares especiais de uma vinícola.
Geralmente passam por um longo período em barris de carvalho para envelhecimento.
Esse estágio serve para que o vinho adquira aromas, sabores, estrutura, longevidade, taninos, acidez e adstringência de alta qualidade.
Geralmente são os produtos mais nobres e caros de cada produtor.
Entretanto, como não há uma regulamentação, é comum que cada produtor determine a maneira de utilizar o termo, assim como a forma que os processos acima foram conduzidos e os períodos de amadurecimento e envelhecimento.
Já o termo “Reservado” tem um papel fundamental no mundo do vinho: confundir a cabeça dos consumidores!
Sim!
Sabendo-se que muitos consumidores não sabem a diferença ou exatamente no que consiste um vinho “Reserva”, os comerciantes criaram o termo “Reservado”, na tentativa de vender um produto mais barato, mas que pareça nobre.
Os vinhos que carregam este título são, na maioria das vezes, vinhos de entrada de muitas vinícolas, isto é, os vinhos mais simples que o produtor elabora, sem a etapa do envelhecimento e, por esse motivo, com preços e qualidade bem inferior aos “Reservas”.
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Harmonização
Essa é uma questão delicada. Apesar de muitos conhecedores e consumidores de carteirinha descreverem cada vinho com notas e sabores das mais variadas coisas, um elemento muito importante é o gosto pessoal.
Não adianta pensar em regras rígidas, porque somos diferentes e temos paladares diferentes.
Algumas pessoas gostam de tinto, outras só de branco, enfim…contudo, apesar desse fator pessoal, algumas dicas infalíveis de combinações podem ser passadas com segurança.
A harmonização, que é a melhor combinação entre um tipo de vinho e uma refeição, depende de várias variáveis: o modo de preparo dos alimentos, o corpo do prato, o contraste, a acidez.
Levando tudo isso em consideração, conseguimos definir, sem medo de errar, as seguintes combinações:
PRATOS COM PEIXES: Geralmente vinho tinto não combina com peixe, exceto se for bem leve e acompanhado por bacalhau. O tanino dos tintos junto com o peixe cria um sabor metálico na boca. Então, se seu prato tem peixe, para não errar, vá de vinho branco ou espumante.
PRATOS COM FRANGO – A carne leve e macia do frango dificilmente combina com vinho tinto, salvo algumas receitas com molhos mais pesados. Geralmente combinam melhor com vinhos brancos.
PRATOS COM CARNE – A melhor combinação é com tinto. Quanto maior o teor de gordura, mais encorpado pode ser o vinho.
PRATOS DE MASSA, PIZZA e RISOTOS – Aqui, vai depender do molho. Molhos de tomate combinam com tintos leves. Queijos e cremes brancos combinam melhor com vinhos brancos.
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